A chegada da Família Real Portuguesa, a partir de 1808,
estabeleceu uma série de transformações que determinaram maior liberdade
econômica às elites agroexportadoras do país. Contudo, essas regalias também
foram seguidas pela elevação dos impostos para o financiamento de conflitos em
que Dom João VI havia se envolvido. Ao mesmo tempo, observamos que os
comerciantes portugueses foram notadamente beneficiados com regalias que
ampliavam os lucros da chamada “nobreza da terra”.
Tais medidas chegaram à região
de Pernambuco no momento em que os produtores sofriam com a flutuação do açúcar
e do algodão no mercado internacional. Mediante essa dificuldade econômica,
grande parte da população tinha grande dificuldade para pagar os impostos
estabelecidos pela Coroa Portuguesa. Isso tudo ocorria em um tempo no qual os
ideais de liberdade e igualdade do iluminismo rondavam alguns quadros da elite
intelectual da época.
Nesse contexto de tantas
insatisfações e problemas, os proprietários de terra e outros brancos livres
pobres organizaram o movimento que eclodiu em março de 1817. Após derrotarem as
tropas defensoras de Portugal, os revoltosos formaram um governo provisório
composto por cinco membros. Além disso, estabeleceram a formação de um grupo de
emissários que difundiriam o movimento em outras capitanias do Brasil e algumas
nações europeias.
Logo que soube do ocorrido, o
governo português organizou tropas na Bahia e no Rio de Janeiro com o objetivo
de abafar o levante. Enquanto as tropas terrestres tomavam as regiões do
interior, a cidade do Recife foi cercada por embarcações que interromperam a
comunicação da capitania com outras regiões. Os lideres acabaram sendo presos e
executados. Dessa forma, o governo lusitano preservava a sua hegemonia política
através da força das armas.
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