A alfafetoproteína (AFP) consiste em uma glicoproteína produzida durante
o desenvolvimento embrionário e fetal,
presente quase que exclusivamente no soro fetal.
No início da década
de 60 foi observado que, no começo do desenvolvimento embrionário, a AFP é
sintetizada pelas células do saco vitelínico e, subsequentemente, pelo fígado
do feto e, em pequenas concentrações, pelo trato gastrointestinal.
Após o segundo ano de vida de um indivíduo, esta glicoproteína
praticamente desaparece do organismo, sendo possível detectar apenas traços da
AFP. No entanto, em certas condições patológicas ocorre um aumento sérico desta
molécula no organismo, como no caso de tumores malignos, em especial no câncer
testicular não-seminomatoso e no carcinoma hepatocelular primário.
Observam-se também em
outras doenças níveis elevados de AFP, como no caso de ataxia telangiectasia,
tirosinemia hereditária, hiperbilirrubinemia neonatal, hepatite viral aguda,
hepatite crônica ativa e cirrose. Além disso, também pode ser identificado
níveis aumentados desta glicoproteína em mulheres gestantes. Deste modo, não é
recomendado investigar a dosagem da AFP em indivíduos assintomáticos para a
identificação presuntiva de câncer para a populaçãoem geral.
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